Vento sobre a verdade
apago o tempo.
Flutuo no céu de outono.
Sou folha sêca,
deixando a árvore nua.
Desfaço toda a identidade
e incendeio a noite.
Durmo num sopro morno
(desfilo as fases da lua).
Minha natureza é meu açoite.
Nessa Feira-livre,
eu grito:
_Meu vôo nunca recua!