Todos querem tempo,
prá render a vida.
Eu, rendeira de vento,
tô cansada de ter tempo
nessa renda interrompida.
Tecendo o repouso
meu corpo quer movimento
quer voar , não quer pouso
quer mais que sentimento
de segunda a segunda
vago pela casa
sentindo-me vagabunda
inquieto-me, assim parada.
Meu olhar salta
pela janela
minha alma exalta
tela, ante tela...
Meu tempo é de segunda
não dá prá explorá-lo.
Meu corpo de alma inunda
prefere , então, enfrentá-lo.
O tempo é curto, o espaço é pequeno, mas os textos estão cada vez melhores. rsrs
ResponderExcluirClaudiamiga,
ResponderExcluirvocê há de perdoar o [mais que!] óbvio trocadilho, mas este teu "Tempo de Segunda" saiu um poema de primeira!!!
Abraços!
P.S.: Sua produção literária está dia a dia mais constante... "nada acontece por acaso"?